Financiamento coletivo

Quantas décadas cabem em dez anos? Difícil dizer, mas é quase certo afirmar que em 1985, no Brasil, passou muito mais do que meros 365 dias. Tantos fatos aconteceram, tantas reviravoltas, tantas esperanças… Cinema, TV, futebol, jornais, política. E, se havia algo realmente novo, era a música. Tempo de Rock In Rio. Tempo de programas de clipes. Tempo de rádios tocando música feita pelos e para os jovens. E havia artistas da MPB se reinventando. Dá pra dizer que a música feita por aqui espelhou toda essa pluralidade, o espírito do tempo, especialmente aqueles sentimentos e sensações difíceis de serem descritos em palavras.

Organizado por Célio Albuquerque, o livro “1985 – O ano que repaginou a música brasileira” quer descrever esse momento, listando vários discos importantes lançados naquele ano. São 85 textos escritos por gente que viveu o momento, em alguns casos, pelos próprios criadores. Jornalistas, artistas, contadores de histórias, todos unidos pelo testemunho daquela mudança. Unidos pelo desejo de chegar no futuro agora mesmo.

1985 continua sendo novo, mesmo quarenta anos depois. A relatividade do tempo permite esse milagre. E a gente aproveita. Conheça mais sobre aquelas músicas, aqueles discos, aquela gente que ousou acreditar que o futuro havia chegado na véspera. Que produziu memórias que ainda falam a quem ficou por aqui. E a quem, baseado nelas, vai apontar o nariz para o novo futuro. Perca-se nessas páginas. E depois se ache. 1985 chegou. Mais uma vez.

Conheça alguns dos 85 autores e seus discos escolhidos:
Leoni – “Cazuza”, Cazuza
Leo Jaime – “Sessão da Tarde”, Leo Jaime
Luiz Thunderbird – “Mais Podres do Que Nunca”, Garotos Podres
Guilherme Arantes – “Despertar”, Guilherme Arantes
Charles Gavin – “Televisão”, Titãs
Luiz Antonio Simas – “Malandro Rife”, Bezerra da Silva
DJ Zé Pedro – “Aprendizes da Esperança”, Fafá de Belém
Chris Fuscaldo – “De Gosto, de Água e de Amigos”, Zé Ramalho
Kamille Viola – “Criações e Recriações”, Martinho da Vila
Hugo Sukman – “Um Cantinho, Um Violão”, Roberto Menescal e Nara Leão