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CURIOSIDADES
Manoel Barenbein dirigiu praticamente todos os discos da Tropicália, lançados pela Companhia Brasileira de Discos no fim dos anos 1960. Em O Produtor da Tropicália, ele lembra como surgiu a concepção do álbum “Tropicália Ou Panis Et Circencis”, marco histórico do movimento tropicalista, produzido por ele.
Outro detalhe saboroso é a convivência de Barenbein com Chico Buarque: foi ele quem convenceu o jovem estudante de Arquitetura e compositor a gravar suas próprias músicas. Os dois trabalharam juntos de 1965 a 1971 em estúdios do Rio, São Paulo e Roma. O produtor também recorda a tensão de gravar discos de Caetano Veloso e Gilberto Gil em Salvador quando os dois estavam prestes a ser exilados: agentes da Ditadura Militar o abordaram e o levaram para prestar esclarecimentos.
Uma prova do quanto é querido e respeitado no meio musical, Barenbein foi citado em várias faixas dos álbuns que produziu: Em “De Noite Na Cama”, por exemplo, Erasmo Carlos solta um “Viva o Mané!”. Em “Oba, Lá Vem Ela”, Jorge Ben fala ao final “Está acabando, Manoel, e eu estou de olho nela!”. Diz ele: “Fico muito feliz de poder falar desses discos que produzi. Muito humildemente, eles são históricos. Devo muito aos artistas com quem trabalhei e este livro também é uma forma de agradecer a todos eles”.
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